quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Diferencie birra de manha e saiba o que fazer quando seus filhos passam dos limites

Ilustração do Evento

É bom demais ter filhos, não é verdade? Ver os pimpolhinhos dando risadas, brincando, fazendo gracinhas... Mas chega uma hora em que aquelas coisinhas lindas começam a fazer birra. Choram em qualquer lugar, jogam-se no chão e gritam, geralmente na frente de várias pessoas. O que fazer, então? O DNA Mulher conversou com a especialista em psicologia infantil e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, Patrícia Spada, que deu dicas importantes sobre o comportamento das crianças.

Birra e manha

Muitas vezes, se confunde birra com manha e, na verdade, são duas coisas bem distintas. “São dois comportamentos diferentes. A manha é quando a criança quer conseguir algo utilizando a sedução, o encantamento. É a mesma coisa quando ouvimos aquela velha expressão de que alguém ‘conseguiu algo na manha’. É um comportamento mais aceitável e sadio, não precisa de muita preocupação”, explica a psicóloga. “Já a birra caracteriza-se por um comportamento mais hostil, em que a criança se joga no chão, grita e fica agressiva. Esse tipo de atitude é comum até os três anos de idade. Depois disso, se persistir, já pode ser considerada como um sinal de que algo está errado”, completa.

É muito importante que os pais fiquem atentos às atitudes de seus filhos. Se durante os três primeiros anos a criança não aprendeu que aquele comportamento hostil, como a birra, é errado, e as cenas constrangedoras tornam-se constantes e públicas, é necessário que os pais procurem ajuda especializada. “Muitos pais sentem receio em procurar ajuda, sentem-se fracassando com a criação dos filhos. Mas é exatamente o contrário. Procurar um profissional é sinal de saúde mental dos pais, mostra que eles são pessoas conscientes e preocupadas com o psicológico de seus pequenos”, diz. Patrícia ainda ressalta que, nessa idade, é normal que a criança não saiba se expressar de outra maneira. Em muitos dos casos, ela nem precisa de tratamento. Uma orientação comportamental aos pais é suficiente.

Na hora da birra, a melhor coisa a fazer é manter firmeza e ter paciência. Nada de agressividade! “Eu sei que é difícil ser paciente nessas horas, mas se a criança se jogar no chão e começar a gritar em um ambiente público, a melhor coisa é se afastar um pouco, não abandoná-la, esperá-la se acalmar e dizer a ela que vocês só conversarão sobre o assunto se ela parar com esse comportamento. Agressão física nunca, mas nunca mesmo, isso não levará a nada”, afirma a especialista, que completa: “a criança precisa de limites e são os pais que os darão. Caso isso não aconteça, com toda certeza, essa criança poderá apresentar distúrbios comportamentais ao longo de sua vida”.

Comportamento agressivo

Muitas crianças passam excessivamente dos limites após certo tempo, se não houver controle. Sem barreiras, elas se sentem no direito de enfrentar de maneira agressiva os pais. “Isso é muito sério. Quando a criança passa dos limites e tenta agredir fisicamente a mãe ou o pai, alguma atitude tem que ser tomada”, conta Patrícia. Em vez de responder com violência, o melhor é segurar a criança, sem a machucar, e explicar, com firmeza, que este tipo de comportamento é inadmissível. Castigos podem ser aplicados, desde que sejam leves e momentâneos, para que a criança aprenda que todos os seus atos terão conseqüências. Nada de prender em quarto escuro, dar uma surra ou proibir que seu filho assista à televisão por um mês. E se o comportamento violento persistir apesar disso, o mais indicado é procurar ajuda profissional.

Omissão, gritos e gestos exagerados, chantagens e propostas oferecendo algo em troca de bons comportamentos também são posturas extremamente desaconselháveis. O melhor a fazer para que não tenha problemas futuros é estimular a criança com brinquedos adequados à idade, atividades físicas e, claro, destinar um tempo maior para fazer companhia a seus filhos.

Um comentário:

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